Recentemente eu conversei com um senhor na casa dos 60 anos de idade que queria se aposentar, mas simplesmente não conseguia. Ele até conseguiria receber o teto do INSS (que está em torno de R$7,5 mil), mas isso seria insuficiente para cobrir as suas despesas mensais. E a esposa dele já estava aposentada, mas recebendo cerca de R$1,3 mil.
É claro que na hora eu disse, “mas é perfeitamente possível viver com esse valor de aposentadoria!”. Então começamos a trocar figurinha. Ele me contou como ele vivia e como eram as suas despesas, e eu explicava para ele como eu vivia e como eram as minhas despesas. Ele morava em um apartamento quitado, mas o condomínio era cerca de 2mil reais por mês. Eu disse que morava em um Studio, e pagava apenas 400 reais de condomínio. Mas ele retrucou que a esposa dele jamais aceitaria morar em um apartamento tão pequeno porque “ela tem um quarto só para guardar as roupas dela”. E eu percebi que esse não era o caminho com ele.
Então perguntei como eles se transportavam. E ele me respondeu que tinha uma SUV. Eu perguntei se ele sabia que com a idade dele já poderia andar de transporte público gratuitamente, mas ele disse que tinha medo de andar de metrô porque a violência de São Paulo está muito alta. Quando eu disse para ele que ele poderia economizar 20% com gasolina trocando a SUV por um carro popular mais econômico, ele disse “você não conhece a minha esposa”.
Decidi então perguntar se ele não tinha nenhum patrimônio acumulado, que poderia compor com a aposentadoria do INSS. E ele disse “patrimônio não, eu tenho é dívidas!”. E ele confessou que hoje ganha mais de 30 mil por mês, mas quase 10 mil vai para o pagamento de dívidas dos empréstimos que ele foi tomando ao longo da vida. Sobra apenas 20 mil para viver. E como é pouco (na visão dele), ele não conseguiu poupar para a aposentadoria.
A minha curiosidade não diminuiu, e eu perguntei por que ele tinha dívidas no banco. E ele disse “ah, porque imprevistos surgem o tempo todo. Eu tive que tomar um empréstimo para reformar o apartamento que vivemos hoje. Também já tive que me endividar para realizar o sonho de levar a minha esposa para a Europa. Outra dívida foi para uma festa de casamento para minha filha, que era o sonho dela.”
Foi aí que eu percebi que estava diante de uma pessoa comum. Aquela que coloca a culpa no parceiro para explicar por que vive um padrão de vida tão alto. Aquela que fica tão vidrada na mídia comum que transmite uma sensação de que vivemos uma guerra civil lá fora. Aquela que acredita que tem direito de realizar sonhos, mesmo que isso signifique se endividar. Aquela que não se preparou para a aposentadoria e agora só tem duas saídas: continuar trabalhando até morrer, ou depender dos outros para pagar as contas. Viver com menos não é uma opção.
Eu saí dessa conversa pensando como é que uma pessoa com um salário de R$30mil por mês não conseguiu juntar dinheiro para se aposentar. E foi então que eu lembrei da frase que dá o título desse post. Nós não nos levantamos para o nível de nossas expectativas, nós caímos para o nível dos nossos hábitos. Eu ouvi essa frase numa entrevista com o James Clear, autor do livro “Hábitos Atômicos”. E essa frase está carregada de significados.
Eu não sei ao certo, mas imagino que a vida desse sessentão tenha sido assim. Ele veio de uma família classe média, estudou e conseguiu um emprego em uma grande empresa. Quando começou a trabalhar, provavelmente adquiriu os bens materiais que são indispensáveis na vida moderna. Um apartamento mobiliado e um carro popular. Mas aí ele foi promovido no emprego, veio um aumento de renda de 20%, e ele pensou “que maravilha, agora eu posso aumentar o meu padrão de vida”. Ele comprou um apartamento maior e um carro melhor para impressionar os amigos. Quando chegou aos 35 anos, foi promovido mais uma vez e teve mais um aumento. Decidiu então colocar os filhos em escolas de elite. E agora precisava lidar com a pressão dos filhos por mais consumo, afinal de contas, as crianças ainda não têm maturidade para saber que o jogo do status não se ganha apenas com dinheiro. Aos 40 anos ele foi demitido dessa empresa e teve que aceitar um emprego que pagava 25% menos. Nesse momento, ao invés de cortar seus gastos e aprender a viver com menos, ele manteve o nível de gastos, afinal de contas, ele sabia que era capaz de ganhar mais. Ele ganhava mais no emprego anterior, era só uma questão de tempo até ele voltar a ganhar o mesmo. Mas o tempo foi passando, o aumento não veio, e a única saída que restou foi tomar dívidas. Em nenhum momento ele achou que ganhava o suficiente para começar a poupar uma parte relevante do seu salário para a aposentadoria. E agora que a idade de se aposentar chegou, ele percebeu que não consegue se aposentar. Ele não ficou rico como esperava. Ele não atingiu as expectativas, ele caiu no padrão dos seus hábitos.
E mesmo que ele mudasse os seus hábitos agora e passasse a poupar uma parte do seu salário, ele já perdeu o poder do tempo nos investimentos. A gente fica rico com o tempo. A mágica do juro composto só funciona no longo prazo. Se você quiser juntar 1 milhão em 30 anos, então basta poupar 400 reais por mês. Mas se quiser juntar 1 milhão em apenas 10 anos, então você precisa poupar 4.000 reais por mês. Se você tem 20 anos a menos para esperar, então seu esforço de economia tem que ser 10 vezes maior. E essa é uma verdade triste para quem já tem 60 anos e não tem muito mais tempo pela frente para poder usar esse jogo a seu favor.
A pergunta que fica é: o que ele esperava que acontecesse? Que em algum momento chegaria uma cavalaria que o salvaria de sua situação financeira? Que ele iria ganhar na loteria? Que o governo ia bancar o padrão de vida deles? Que em algum momento ele ia receber um salário tão alto que finalmente conseguiria poupar uma parte dele? Que seus filhos fossem criar o próximo unicórnio brasileiro e bancar a vida dele de aposentado?
O hábito sempre foi gastar 100% do que recebia. Na expectativa de ser rico, ele mirou ganhar mais. Mas isso não foi o suficiente. O hábito era comprar coisas para parecer ser rico, e não investir para ser rico de fato. Ele poderia ter recebido milhões e ainda assim gastaria 100% desse dinheiro. Esse era o seu hábito. A expectativa de ser rico pouco adiantou.
Essa triste realidade dos mais velhos, traz lições valiosas para a minha geração. Meu marido me alertou que a geração desse sessentão viveu na época da hiperinflação no Brasil, em que o mais sábio a fazer era gastar todo o seu salário assim que ele pingasse na conta. Mas eu tenho minhas dúvidas se a minha geração mudou esse hábito, mesmo vivendo com uma inflação mais controlada.
Eu vejo as pessoas sendo promovidas até chegar na casa dos 30 anos de idade, e isso gera uma expectativa de que o caminho profissional só tem uma direção: para cima. Você passa a acreditar que vai continuar sendo promovido e que o auge da sua carreira ainda está longe. Então não precisa poupar agora, você pode viver a vida dos sonhos agora e deixar para poupar quando for diretor da empresa.
Mas a realidade é outra. Numa empresa em que existem 100 mil analistas, são apenas 20 mil coordenadores. 10 mil gerentes, 1 mil superintendentes, 100 diretores, 10 vice-presidentes e apenas 1 presidente. Ou seja, apenas uma minoria consegue seguir essa trajetória sempre ascendente. A maioria atinge o auge da sua vida corporativa com um cargo bem modesto.
Se você entender essa realidade, a próxima vez que seu salário subir 10%, considere destinar esse aumento para construir a sua independência financeira. Mesmo que esteja mirando uma aposentadoria comum, depois dos 60 anos de idade.
Se você negar essa realidade, sempre que o seu salário anual subir em 100 mil reais, você vai gastar 100 mil reais a mais por ano, e a sua situação financeira vai continuar a mesma. Você não estará mais rico com o aumento de salário. Você só será uma pessoa de renda alta e gastona. E se continuar com esse hábito de gastar 100% do que ganha, você não irá se aposentar rico. Você talvez nem consiga se aposentar. A gente não sobe para o nível das nossas expectativas, a gente cai para o nível dos nossos hábitos.
Eu escrevo muito aqui sobre a aposentadoria precoce, mas muitas pessoas não estão se preparando nem mesmo para uma aposentadoria aos 65 anos de idade. Se você tem 30 anos de idade, e gasta 90% da sua renda, então vai se aposentar com apenas 90 anos de idade, segundo a regra dos 4%. Se quiser se aposentar aos 65 anos, já precisa poupar pelo menos 30% da sua renda. E um estudo recente do Banco Central apontou que as pessoas de renda alta estão poupando apenas 8,3% do seu salário.
Essa conta não vai fechar. O país avançou nos últimos 30 anos, e com isso a população foi ficando mais esperta e saudável, e consequentemente estamos vivendo mais. E isso é uma ótima notícia! Mas como as pessoas não se prepararam para a velhice, a conta sobrou para o governo. O governo também não se preparou para pagar essa conta, e a dívida pública cresceu. Não à toa aprovamos reformas da previdência nos últimos anos.
Você pode até achar que o governo deve pagar a sua aposentadoria, afinal de contas, você trabalhou duro a vida toda e merece um bom descanso. Mas todos estão pensando assim. Mesmo as classes de renda mais alta pensam assim. E é por isso que quando tiver mais gente recebendo e menos gente trabalhando, a conta não vai fechar.
Mas calma, eu tenho uma boa notícia para te dar: Minha vida financeira“>você não precisa do governo para se aposentar! Você pode aproveitar que ganha um salário hoje em dia, e poupar boa parte dele. Essa poupança você destina para investimentos que geram renda além da inflação. Com o passar do tempo, essa renda dos investimentos vai ser o suficiente para cobrir o seu custo de vida e aí você não precisa mais do seu salário para pagar as contas. E então você está aposentado. E o governo não teve participação nenhuma nisso.
Eu vejo as pessoas tentando controlar o incontrolável, e fechando os olhos para aquilo que realmente pode mudar com os nossos hábitos. Há muita energia sendo gasta para tentar controlar o comportamento do nosso parceiro, muitas horas gastas para tentar controlar o resultado de uma multinacional com o nosso trabalho CLT, e definitivamente mais energia do que o necessário para tentar controlar o resultado de eleições. Muitas dessas coisas não vão mudar com a nossa força de vontade. Mas a nossa independência financeira depende principalmente de nós, em especial para quem já recebe uma renda alta.
A aposentadoria é uma consequência natural dos seus hábitos. Não crie a expectativa de que os outros vão te salvar. Não vai ser o governo, ou os seus filhos ou e muito menos a empresa que você trabalha que vão cuidar da sua aposentadoria. Porque, mais uma vez, a gente não se eleva para o nível de nossas expectativas, a gente cai para o nível dos nossos hábitos.
15 respostas
Sempre que leio textos como o seu tenho vontade de enviar para todos estagiários da fábrica em que trabalho, sinto que falta essa consciência de economizar no pouco pra continuar economizando no muito e isso é muito triste.
Hoje em dia fala-se tanto em educação financeira nas escolas, mas precisaria uma mudança de mentalidade mesmo, eu comecei a trabalhar na época da mudança para o Real, e vejo que ainda sinto muito a questão da inflação, de como fomos criados, os conselhos em casa nunca foram pra guardar dinheiro e as vezes é bem difícil nadar contra a maré…
Oi Glaucia!
Muito boa essa frase “consciência de economizar no pouco pra continuar economizando no muito”. Falta isso mesmo. Criar o hábito de economizar.
Essa questão da inflação é um bom ponto, mas vejo pessoas que foram criadas em países com inflação controlada e que também não conseguem poupar o salário. Como você disse, parece que não consumir é nadar contra a maré.
Mas infelizmente é isso mesmo que acontece com a maioria. Isso para os que tem sorte de ganhar 30 mil por mês.
Concordo com tudo o que vc disse, porém a tal da esposa, ou esposo, é sim um dos grandes culpados disso. Geralmente quando se eleva o padrão de vida e o conjuje só curte e não contribui ou sofre para pagar, estará vc condenado a viver para o resto da vida trabalhando para pagar aquele luxo proporcionado uma vez. É isso mesmo, nao adianta. Ou separa, vive solteira ou essa é a vida
Oi Allyson! Acho que entre ir a falência por conta do esposo ou se separar tem um caminho do meio. O caminho da conscientização. Esse senhor não estava aberto a mudar seus próprios hábitos, como ele ia tentar mudar a esposa? Então imagino que ele usou a esposa como desculpa mesmo. É mais fácil colocar a culpa no outro, e colocar ele como a pedra no caminho para você não mudar os seus hábitos. É uma mudança difícil de encarar! Abs
Pode até ser mas como vc vai conscientizar alguém quando nem se falam? Conheço vários casais com mais de 50 que eles não se falam, apenas vivem junto e se toleram pq não abrem a boca e se abrem é para brigar.
Vc ainda é nova e tlvz casada a pouco tempo, mas vc vai entender quando chegar na minha idade (50+)
Oi AP 30,
Acredito que controlar as expectativas seja uma parte relevante na nossa caminhada rumo a Independência Financeira. Eu também percebo muitas pessoas a minha volta que inflam o estilo de vida após um aumento da renda.
Sempre vivi, dois ou três degraus abaixo da minha renda com o claro intuito de alcançar a IF. E percebo a grande dificuldade de influenciar os amigos e familiares nessa jornada. É uma caminhada gratificante, mas muito solitária.
Gostei muito da referencia a James Clear e também agradeço a demais pessoas pelo envio de links e referencias.
Abraços,
Oi VOR!
Quando você ganha uma promoção, e não aumenta seu estilo de vida, ninguém fica sabendo do seu sucesso. Agora quando vc compra algo luxuoso, aí as pessoas já automaticamente acham que você está “bem de vida”. É difícil resistir a tentação de esfregar na cara dos outros seu sucesso, rs. Mas isso só te prejudica. No final, ninguém está tão preocupado assim com a vida alheia, não é mesmo? O melhor é voar abaixo do radar e poupar o aumento do salário, rs.
Lembrei de comentar mais um aspecto de planejamento de aposentadoria, que não lembro de já tê-la visto tratar nos posts: previdência privada.
Para quem pretende se aposentar já numa idade mais avançada e com renda do INSS ou outras, o PGBL regressivo me parece relativamente interessante. Cada vez mais temos melhores opções de fundos a aplicar (baixas taxas de adm, sem carregamento, diferentes estratégias etc) e a portabilidade está muito fácil entre fundos (sem nenhum ônus ao investidor). Ou seja, mesmo que você tenha que manter aplicado por muitos anos para acessar a menor alíquota de IR (10%), pode migrar de estratégia ao longo do tempo caso deseje.
No caso de quem planeja uma FIRE sem renda de trabalho futura a declarar no IR, o PGBL progressivo é muito interessante. Isso porque, não apenas se recebe o benefício de dedução do IR enquanto se ganha salário, como, na fase de FIRE e sem renda a declarar, é possível resgatar o PGBL progressivo na faixa isenta de IR. Isso faz com que esse investimento tenha uma performance projetada muito boa.
O que acha desse instrumento para planejamento de aposentadoria?
Pessoalmente, como também tenho planejamento FIRE, tenho usado a estratégia do PGBL progressivo (já vou resgatar nesse ano uma parte do investido até a faixa isenta do IR). No dia remoto em que reajustarem a tabela do IR essa estratégia ganha mais valor ainda, rs.
Oi de novo, rs
Eu já fui fã de PGBL por conta da isenção fiscal. Para quem tem um salário alto, é um ótimo instrumento para pagar menos IR. E hoje tem alguns fundos passivos que cobram taxa de adm bem baixas.
Mas tive uma experiência bem ruim ao fazer a portabilidade de um PGBL para a XP. Era um fundo fechado, e por conta disso, as regras para saque são diferentes. Ainda não consegui resolver isso e estou achando que corro o risco de só conseguir sacar quando atingir os 60 anos de idade. Então hoje alerto as pessoas para esse problema no futuro com fundos fechados.
Com relação ao regime progressivo, eu concordo com vc que faria sentido caso você não tenha nenhuma fonte de renda. Mas se você já tiver renda de aluguel, por exemplo, então você perde o benefício. Esse foi meu caso! O melhor teria sido optar por um regime regressivo mesmo. Assim você inclusive fica livre para ter outras fontes de renda durante a vida FIRE.
Ótimas colocações! Obrigada!
Que post legal! Pena que as pessoas que mais precisam lê-lo não se interessam pelo tema, mas é um trabalho de conscientização mesmo.
Nesse tema de planejar a aposentadoria, você viu esse título novo do tesouro, o renda+, que está para ser lançado no fim do mês?
Achei bem interessante, já que permite investir em ipca+ por até 35 anos sem cupom e depois vai pagando mensalmente nos 20 anos seguintes. Parece-me um excelente instrumento de acumulação. E olha que nem vai cobrar taxa de custódia na fase de acumulação!
Os juros compostos de 35 anos com taxas de ipca+6 fariam milagres! Estou considerando aplicar logo que lançar na duration máxima possível.
Segue como sugestão para um novo post. O link do tesouro sobre o assunto:
https://www.tesourodireto.com.br/data/files/86/87/90/ED/EE85581048AB1358894D49A8/Tesouro%20RendA_.pdf
Oi HMPM!
Quando foi lançado o Tesouro Renda+, eu achei bem interessante. Mas já me alertaram para um defeito, que eu não consigo ignorar. Durante os 20 anos que você recebe renda, o principal só é reajustado pela inflação. Você deixa de ter ganhos reais.
Acho que é um instrumento simples, e ajuda quem não entende de finanças. Mas eu ainda prefiro ensinas sobre finanças para que as pessoas façam melhor do que só receber um reajuste de inflação!
Abs
Oi, AP trinta
Esse texto está muito relacionado com aquele outro texto “algemas de ouro”.
Essa é a realidade da maioria das pessoas. A diferença é que a maioria não ganha nem 10k, quanto mais 30k por mês.
Trabalhei com um colega que ganhava 35k por mês, quando chegava no fim do mês estava reclamando que tinha entrado no cheque especial e ainda faltava uma semana pro salário cair!
Pensava comigo, “como assim”!!
Pelo jeito essa realidade é mais comum que imaginamos.
É Paulo, infelizmente deve ser bem comum. Renda alta não é sinônimo de riqueza, nem de sabedoria financeira!
Abs
Conheço uma pessoa com esse tipo de perfil. Ele tem 65 anos, é aposentado, mas voltou a trabalhar para complementar a renda. Só que mesmo assim nunca tem dinheiro pra nada, tem várias dívidas, um dos filhos ficou com uma dívida de R$ 40 mil por ter emprestado o cartão de crédito para ele, e para outro filho ele deve quase R$ 20 mil. Um dia ele me falou que a vontade real dele é de não trabalhar mais, perguntei por que ele não parava então, já que já está aposentado… ele respondeu “A gente trabalha a vida inteira, e quando se aposenta o governo não faz nada por nós.” Ou seja, sempre gastou todo o dinheiro que tem, gastou o dinheiro dos filhos, e ainda esperava que o governo fosse bancar a aposentadoria dele com folga.
Rs, eu acho curioso as pessoas acharem que o governo é uma entidade suprema que tem tanto poder assim para cuidar da vida de todos.
Sou a favor de um governo para cuidar dos que realmente precisam. Mas bancar a aposentadoria de TODOS é uma loucura. De onde vai vir esse dinheiro?
Abs!